Crise Econômica coloca União Européia contra seus próprios membros.

17 de agosto de 2009

A União Europeia é um experimento extraordinário de soberania compartilhada, criando uma zona de paz que agora vai da Grã-Bretanha aos Bálcãs. A união de 27 países no bloco econômico mais formidável do mundo, incorporando 491 milhões de pessoas em um mercado integrado, produz quase um terço a mais que os Estados Unidos.
No entanto, a crise econômica global deixou claro que a Europa continua sendo menos que a soma de suas partes.
A crise trouxe à União Europeia seu maior desafio, mas até mesmo muitos europeanistas comprometidos acreditam que a aliança está sendo reprovada no teste. Líderes europeus, com foco em políticas internas, discordam acentuadamente sobre como combater a recessão. Eles têm se hostilizado ao discutir como estimular a economia. Eles brigam quando o assunto é se o Banco Central Europeu deveria se preocupar mais com a profunda recessão ou a inflação futura. Eles se apressaram para proteger os empregos em seus mercados domésticos à custa daqueles em outros países membros.
As últimas eleições parlamentares, realizadas no dia 7 de junho, fortaleceram esse cenário. Apenas 43% dos europeus votaram – uma abstinência recorde, apesar da crise financeira e do voto obrigatório em alguns países. Partidos de extrema direita, opositores à União Europeia e à imigração proveniente de países membros mais pobres, registrou ganhos, assim como os "verdes". Os que votaram consideraram amplamente as questões nacionais.
Com a liderança americana minada por guerras estrangeiras divisoras e o modelo econômico, de liberdade de mercado e suave regulamentação, enfrentando grandes desafios, a Europa importa muito. O "modelo europeu", de significativo envolvimento do governo na economia; supervisão controlada das finanças, indústria e trabalho; pensões generosas e assistência médica concedidas pelo estado são elogiadas em alguns círculos como uma alternativa viável ao capitalismo estilo anglo-americano.
Porém, apesar da crise hipotecária ter começado nos Estados Unidos, a Europa está comprovadamente sofrendo mais. O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que bancos europeus possuem mais ativos ruins do que os americanos, e registraram muito menos. Déficits orçamentários estão aumentando e o desemprego, especialmente entre os jovens, já atingiu o nível mais alto em dez anos.
Com a resposta entravada por uma União Europeia fracionada, muitos economistas agora esperam que essa recessão dure mais aqui do que do outro lado do Atlântico.
"Estamos vivendo um momento de crise bastante sério", disse Joschka Fischer, político do Partido Verde e ex-ministro das relações exteriores da Alemanha. "Temos uma traumática falta de liderança; fomos pegos de surpresa pela enchente."
A tensão central na união sempre foi entre prioridades nacionais e interesses coletivos. Ceder direitos e poderes nacionais – sobre a moeda, comércio, tarifas alfandegárias – nunca foi algo simples, mesmo nos bons tempos. Em uma época desfavorável, como a atual recessão, a política nacional triunfa sobre os interesses comuns. Líderes se movem para proteger suas próprias indústrias, trabalhadores e eleitores, à custa daqueles em outros países. Trabalhadores ainda se irritam com os sacrifícios feitos em nome da integração.
Na fábrica de pneus Goodyear Dunlop, em Amiens, norte da França, Thierry Fagot, de 36 anos, está perdendo o trabalho que tem há 13 anos. Ele vê a concorrência dentro da aliança como parte do motivo.
"Me sinto enganado. Quer dizer, nós criamos a Europa para nos proteger, e por um longo período funcionou", disse ele, explicando que a aliança oferecia um mercado para os pneus da fábrica e estabelecia regras de segurança. "Agora, com a competição dos países do leste, sinto como se a Europa tivesse criado uma situação onde perdemos nossos empregos para outro país da União Europeia. Como isso pode ser para o bem de todos?"
A União Europeia não está à beira do colapso diante de tamanho antagonismo. No entanto, alguns dos defensores mais devotos do continente estão diminuindo suas ambições. Poucos ainda falam sobre uma Europa que seja um contrapeso político ou militar para os Estados Unidos.
Fischer, do Partido Verde, está comprometido com uma Europa que lamenta a indiferença "da geração pós-89" aos ideais de um destino europeu. Também lamenta a volta, sob a pressão da crise, a objetivos nacionalistas e à retórica.
"Crises sempre são momentos da verdade, pois expõem cruamente tanto as forças quanto as fraquezas de todos os envolvidos", disse Fischer, criticando, em particular, a visão limitada e nacionalista do governo alemão.
Ele disse que o Banco Central Europeu, que estabelece uma grande taxa de empréstimo para as 16 nações usuárias do euro como moeda, tem ido bem. No entanto, a Comissão Europeia, principal órgão executivo da união, "não teve nenhuma função na crise atual, já que é uma crise transnacional, então o papel da comissão deveria ter sido justamente o oposto."
Em vez disso, líderes europeus estão se concentrando em aprovar o Tratado de Lisboa, há muito adiado, para criar um presidente e um primeiro-ministro europeu e simplificar o processo decisório. Porém, o tratado tem pouco a dizer sobre questões econômicas.
As tensões ficam evidentes na forma como países trabalharam para resgatar seus próprios bancos e montadoras nacionais de automóveis, quando uma política europeia mais ampla seria mais lógica. Entretanto, elas também são visíveis diante da incapacidade de concordar em uma política em relação ao Afeganistão ou em uma política energética conjunta para reduzir a dependência da Europa do gás natural da Rússia.
Alemanha e França juntas são o motor tradicional da União Europeia, mas as relações entre esses países são frias. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, colocam interesses nacionais em primeiro plano, quando o assunto é benefícios sociais ou salvar empregos na hesitante indústria automobilística.
Divisões também são evidentes entre a Europa do sul e do norte, com países fiscalmente mais responsáveis, como a Alemanha, prometendo, com relutância, ajudar economias trôpegas, como a da Espanha e da Grécia. A solidariedade, teoricamente o grande princípio da União Europeia, está fragilizada também no eixo leste-oeste, com países usuários do euro relutantes em arriscar a estabilidade da moeda ao resgatar países fora da chamada zona do euro, como Bulgária e Romênia.
Poucos querem considerar o que acontece com a Ucrânia, não pertencente à UE, onde muitos bancos europeus, especialmente alemães e austríacos, investiram pesadamente.
A promessa de uma Europa "sem fronteiras" tem sido minada por uma reação contra imigrantes de toda a região, vistos como concorrentes a postos de trabalho.
Antes das eleições parlamentares europeias, Sarkozy e Merkel publicaram uma carta conjunta. "Queremos uma Europa forte, capaz de nos proteger. Rejeitamos uma Europa burocrática que aplica mecanicamente as regras minuciosas", escreveram.
Todavia, eles discordam acentuadamente sobre o papel dos gastos públicos e do Banco Central Europeu. Sarkozy é a favor de mais estímulo e de mais flexibilidade para o banco comprar títulos ou empréstimos ao setor público e, assim, ajudar a revitalizar o crédito. Merkel, por sua vez, tem atacado o aumento do déficit orçamentário e criticado o banco central por reduzir demais as taxas de juros e arriscar uma possível inflação futura.
Porém, eles concordam em proteger os empregos em seus mercados. Enquanto Sarkozy tem sido criticado por oferecer bilhões para proteger empresas automobilísticas francesas, Merkel, com eleições nacionais em setembro, acaba de intermediar um acordo caríssimo para a Opel, marca europeia da General Motors, quase inteiramente baseada em salvar empregos alemães.
Quanto ao futuro, as opiniões se dividem, mas poucos preveem que o experimento europeu está no fim. Espera-se que o Tratado de Lisboa seja aprovado, fortalecendo a força da união. Os líderes de hoje, apesar de divididos, podem aprender a lidar com os desafios econômicos em conjunto, assim como aprenderam a evitar conflitos militares no início.
"Vai ser duro, teremos retaliações, a história vai nos derrotar. Teremos anos difíceis pela frente, mas acredito que a crise cria líderes, os líderes certos", disse Fischer, político alemão pelo Partido Verde. "Não sou pessimista".

A OMC DÁ PARECER FAVORÁVEL AOS PRODUTORES DE ALGODÃO

16 de agosto de 2009

A decisão da OMC deve impulsionar as vendas. Sem a ajuda do governo, os produtores europeus vão ter que aumentar os preços e o açúcar deles vai ficar mais caro que o brasileiro.
O presidente Lula diz que a briga no mercado internacional está só começando.
O Brasil já é o maior produtor mundial de açúcar, com 40% do mercado internacional. Agora, deve aumentar a participação para 60%. Essa decisão da OMC não significa apenas mais lucros para os produtores.
São cinco milhões de hectares plantados de cana de açúcar. Nesse campo, o Brasil colhe os resultados da tecnologia. Graças à competência na produção, o açúcar brasileiro sai das usinas custando menos da metade do europeu.
Há eficiência também para embarcar o produto. Só em Santos, o setor dispõe de cinco terminais privados. Hoje o Brasil é o maior exportador de açúcar, sozinho detém quase a metade do mercado mundial.
"Nós temos tecnologia, recursos, mão-de-obra, terra, sol, chuva, de tal forma que abastecer o mundo de açúcar é muito fácil", afirma Eduardo Pereira de Carvalho, presidente da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo.
A invasão brasileira só não é maior por causa do dinheiro que a União Européia injeta na agricultura para compensar a ineficiência dos produtores de açúcar da região.
Na Europa, o custo da produção chega a US$700 por tonelada. Na hora de exportar, a mesma tonelada de açúcar é vendida a US$ 260. A diferença quem paga são os países europeus.
São os chamados subsídios, que tornam injusta a competição no mercado internacional. Por causa deles, o Brasil deixa de ganhar US$ 400 milhões por ano em exportação de açúcar.
Agora a Europa vai ter que rever essa política. Os produtores brasileiros já fizeram as contas de quanto vão ganhar.
"Em dois, três anos, que é quando nós esperamos que essas medidas se concretizem no mercado, significa para nós, cerca de dois a três milhões de toneladas de açúcar refinado que se reflete em números da ordem de US$ 500 milhões a US$ 700 milhões por ano de exportação adicional para o Brasil", calcula o presidente da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo.
Lucros que devem trazer novas vagas no campo.
"Sendo um dos produtos que mais emprego gera no campo, isso é muito positivo na geração do emprego do agronegócio", comenta Roberto Rodrigues, ministro da Agricultura.
Positivo também para a atração de investimentos.
"Se você for o investidor, tiver pensando em comprar uma fazenda de beterraba para produzir açúcar na França, você ia pensar duas vezes. Ou você vai investir em outro setor, ou você vai investir num país como o Brasil", observa Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores.
A vitória no caso do açúcar não é a primeira conquista do Brasil na Organização Mundial do Comércio. Recentemente o país também ganhou uma disputa contra outro gigante, os Estados Unidos, para vender mais algodão. Os analistas acreditam que todos esses resultados vão fortalecer o Brasil nas próximas negociações agrícolas.
"O Brasil ganha muita força na negociação da rodada de Doha, na Alca, na União Européia, porque essas decisões da OMC reforçam a tese brasileira de que os subsídios agrícolas tem que ser reduzidos ou eliminados a prazo curto com calendário certo", destaca Roberto Giannetti da Fonseca, economista.
A União Européia deve recorrer já que a decisão da OMC é em primeira instância, mas segundo especialistas em direito internacional, uma decisão desse porte nunca foi revertida pelo Tribunal de Apelação. Antes mesmo de a decisão ser anunciada, os europeus já estavam segurando os subsídios do açúcar - sinal de que suspeitavam que seriam derrotados.

NAVIO DESAPARECIDO APARECE PERTO DE CABO VERDE, DIZ FRANÇA

Cargueiro russo Artic Sea sumiu após ser assaltado por piratas disfarçados na costa da Suécia em 24 de julho

MOSCOU - O navio russo de bandeira maltesa desaparecido há mais de duas semanas foi avistado perto de Cabo Verde, confirmou o Ministério da Defesa da França, nesta sexta-feira, 15. Desaparecido desde 28 de junho, quando cruzava o Canal da Mancha, o Arctic Sea foi avistado perto de ilhas do país africano, informaram inicialmente a agência de notícias russa Itar-Tass e o jornal alemão Financial Times Deutschland.
A agência russa atribuiu a informação a fontes na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Já o diário alemão citou duas fontes não identificadas. Um porta-voz da Otan disse que a aliança monitora a situação, mas não participa nas buscas.

O Arctic Sea, seus 15 tripulantes russos e a carga de madeira para construção avaliada em US$ 1,8 milhão deveriam ter aportado na Argélia em 4 de agosto. A tripulação do cargueiro fez seu último contato em 28 de julho, com funcionários marítimos britânicos, e seguiu pelo Estreito de Dover.
O mistério começou em 24 de julho, quando os tripulantes do Arctic Sea afirmaram ter sido amarrados e agredidos por um grupo de cerca de dez homens que subiu na embarcação, na ilha sueca de Oland. Os homens mascarados se identificaram como policiais, mas a polícia sueca negou que tenha atuado naquela área.
O investigador da polícia sueca Ingemar Isaksson afirmou que a tripulação alegou que os homens deixaram o navio 12 horas depois, em botes infláveis de alta velocidade. "Eu nunca ouvi sobre nada parecido em águas suecas", disse Isaksson.
A especulação sobre o que ocorreu já gerou várias teorias, entre elas a de que a embarcação levaria alguma carga secreta, ou mesmo um caso de pirataria em águas europeias.

FRANÇA ANUNCIA LIBERTAÇÃO DE FRANCESA PRESA NO IRÃ

PARIS - O escritório da presidência da França informou que a professora francesa Clotilde Reiss foi libertada da prisão de Evin, em Teerã, e ficará na Embaixada da França no Irã. O escritório do presidente Nicolas Sarkozy afirmou hoje em comunicado que a professora de 24 anos ficará no prédio da representação francesa até poder retornar ao país europeu. O comunicado informa que todas as acusações contra ela e contra um empregado da embaixada foram retiradas pelo Irã.Sarkozy agradeceu à União Europeia (UE) e aos amigos da França, especialmente ao governo da Síria, pela ajuda para obter a libertação de Clotilde Reiss. Ela foi detida em 1º de julho por participar de uma manifestação em protesto contra o resultado das eleições presidenciais iranianas. Reiss vivia em Isfahan, onde trabalhava como professora. Sarkozy também agradeceu a Síria após o empregado da embaixada francesa, o franco-iraniano Nazak Afshar, ter sido libertado da prisão na semana passada.

ÓPERA

Ópera ao Ar Livre

A Europa se orgulha das suas Óperas, estabelecimentos culturais sem igual, frequentemente sediadas em belos edifícios históricos. Mas, nos últimos anos, foi criada uma segunda geração de Óperas realizadas ao ar livre.
Open Air Opera in Switzerland

O objetivo é tornar a ópera menos intimidante, visando popularizar esta forma de arte e fazendo com que seja mais acessível para todos.

A organização Opera-Europe promove a ópera e protege os interesses das companhias e festivais operísticos na Europa e outros lugares.

Óperas e Jardins

Alguns lugares são lendários. Por exemplo, o Reino Unido tem o muito popular festival de Glyndebourne. Na aberta campina inglesa, de maio até agosto, se oferece todo um programa de ópera que a cada ano atrai milhares de apreciadores. Os maravilhosos jardins são um destino por si só mas os visitantes podem desfrutar também de restaurantes ou de piqueniques preparados numa noite tão elegante quanto divertida.

Dois ingleses residentes em Indre e Loire (França), inspirados por esta noção, quiseram propor a mesma experiência elegante e refinada num ambiente rústico. Agora, se passarem pelo município de Baugé, reservem lugar para uma noite de ópera no Manoir des Capucins. No intervalo, poderão desfrutar de um piquenique nos jardins da casa. Música e champanha: Que programa excelente!

Poderão experimentar um ambiente similar àquele em Londres (Reino Unido) se tiverem a oportunidade de assistir a um espetáculo no Parque de Holanda. Ao ar livre, no centro de Londres, entre os elegantes bairros de Notting Hill y Kensington, o Parque de Holland, além dos seus magníficos jardins, organiza espetáculos da maior qualidade sob uma enorme tenda, tudo desenhado com grande gosto. Aqui também se oferece um piquenique acompanhado de champanha no intervalo!

Ópera ao Ar Livre em Bregenz, Áustria

Óperas e Lugares Históricos

Os sítios arqueológicos se prestam perfeitamente ao magnífico ambiente da ópera.

Na França, os Chorégies d'Orange se realizam no Teatro Romano de Orange, uma relíquia da época romana magníficamente conservada, em julho e agosto de cada ano desde 1869. O muro do cenário, ainda intacto após os séculos, garante uma acústica perfeita.

O objectivo do Festival d’Opéras en plein air (Óperas ao Ar Livre) é promover as artes líricas e o patrimônio arquitetônico. Um programa itinerante de alta qualidade se oferece a cada verão em diversos cenários prestigiosos: os Jardins do Senado em Paris, o Parc de Sceaux e numerosos castelos perto de Paris bem como mais afastados.

Em Roma (Itália), a cada verão, as Termas de Caracalla acolhem um festival de ópera. Estas são as maiores termas jamais construídas em Roma. Se visitam a região de Marches, não percam o festival de Macerato, na costa adriática, no encantador e pouco frequente teatro de areia, o Esferisterio.

Castillo de Olavinlinna, Finlandia

Na Finlândia, o Festival de Ópera de Savonlinna, reconhecido internacionalmente, se celebra a cada verão. A sua especialidade é a organização de atuações no ambiente excepcional do castelo medieval de Olavinlinna, situado numa pequena ilha no meio do lago Saimaa.

Avenches, Suíça, capital provincial romana de outrora, e apenas a alguns minutos de Firbourg e Lausanne, acolhe os visitantes numa cidade medieval e um ambiente bucólico. A cada mês de julho, as antigas areias passam a ser o cenário de um festival operístico muito respeitado. Em 2007, vibrem ao som das trombetas numa nova produção de Aïda de Verdi!

Voltem ao berço da civilização ocidental na Grécia, onde o Festival de Epidaurus em Atenas acolhe umas atuações esplêndidas num cenário de sonho: o Odeon de Herodes Atticus, um teatro romano situado sob a Acrópole. Não é um salto extraordinário no passado? Não se pode deixar de ir numa ópera no Anfiteatro de Epidaurus, que se destaca pela sua excepcional acústica!

Óperas ao Ar Livre em Grécia

Ópera e Natureza

Na Áustria, no coração do Vorarlberg, reúnam-se em Bregenz e deixem-se levar pela magia da ópera num ambiente único ao ar livre: algumas atuações se realizam num cenário flutuante no Lago Constança. A combinação de vistas e belos sons só pode levantar o espírito!

Assim, queridos visitantes, se se encontram na Europa durante a temporada de festivais, se são apreciadores da ópera ou se sempre quiseram saber cómo ela é, tem aqui uma oportunidade. Façam a sua escolha; poderão desfrutar de uma inesquecível e impressionante experiência musical numa grande variedade de belos ambientes históricos e naturais. Uma experiência comovente garantida!



Postado por: Orígenes Mauricio

Fonte: http://www.visiteurope.com/ccm/experience/detail/?nav_cat=134&lang=pt_BR&item_url=/ETC/pan-european/outdoor-opera.fr

DIREITOS HUMANOS NA UNIÃO EUROPÉIA

A União Européia tem como valores essenciais os direitos humanos, a democracia e o Estado de Direito. Tais valores foram consagrados em seu Tratado fundador, e reforçados pela adoção da Carta dos Direitos Fundamentais. Assim, todos os países que almejam aderir à União Européia ou mesmo concretizar acordos comerciais ou de natureza diversa devem primordialmente respeitar os direitos humanos.
Os direitos humanos são considerados universais e indivisíveis para a União Européia, que por sua vez, promove e defende ativamente, tanto dentro dos seus limites como nas relações com países terceiros. A política de domínio desses direitos centraliza-se nos direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais. De forma abrangente procuram promover de forma igualitária os direitos das mulheres, das crianças, bem como os direitos das minorias.
Apesar de a União Européia apresentar, de um modo geral, uma situação regular quanto aos direitos humanos, não deixa de estar compelida na batalha contra os preconceitos, mais precisamente contra o racismo, a xenofobia e outros tipos de discriminação com base na religião, no gênero, na deficiência ou na orientação sexual, preocupando-se também pela situação dos direitos humanos no que concerne ao asilo e à migração. A União Européia é considerada uma terra de acolhimento daquelas pessoas que vêm por motivos de trabalho ou mesmo dos que fogem de guerras ou de perseguições.
Cabe salientar ainda que dentre as diversas atividades desenvolvidas pela União Européia como forma de se combater à discriminação, encontram-se às medidas adotadas para por fim ao tráfico de seres humanos, principalmente de mulheres e crianças, o que faz parte de suas prioridades políticas.

CHANCELER BRITÂNICO DIZ QUE TERRORISMO É "JUSTIFICÁVEL" EM ALGUNS CASOS

Londres, 16 ago (EFE).- O ministro de Assuntos Exteriores do Reino Unido, David Miliband, disse que o terrorismo é "justificável e eficaz" em algumas circunstâncias e que isso foi demonstrado pela luta armada contra o "apartheid" na África do Sul.

Miliband participou de um programa de rádio da "BBC" que analisou a vida de Joe Slovo, membro da ala militar do Congresso Nacional Africano (CNA) e amigo de Ralph Miliband, pai do chefe da diplomacia britânica.

Slovo era um dos líderes do movimento Umkhonto we Sizwe (Lança da Nação), que, entre outros, cometeu um atentado em 1983 em Pretória no qual 19 pessoas morreram, na maioria civis.

Questionado sobre se o terrorismo é justificável em algum momento, Miliband respondeu: "Sim, há circunstâncias nas quais é justificável e, sim, há circunstâncias nas quais é eficaz".

"O importante para mim é que o exemplo sul-africano provou algo excepcional, que o regime do apartheid parecia um regime que duraria para sempre e foi derrubado", continuou o ministro.

"É difícil argumentar que, por si própria, uma luta política tivesse dado resultados. O golpe contra o coração da pretensão do regime de manter o monopólio do poder que representou a ala armada do CNA foi muito significativo", acrescentou.

A "BBC" antecipou trechos do programa de rádio, que será emitido na íntegra na terça-feira e que gerou críticas contra o chefe da diplomacia britânica por parte da oposição.

O responsável de Exteriores do Partido Conservador, William Hague, condenou as palavras de Miliband e afirmou que "os membros do Governo devem ser muito cuidadosos na hora de insinuar argumentos que pareçam legitimar o terrorismo em algumas circunstâncias".

"Quando se dedica tanto esforço de nossas forças de segurança a derrotar os terroristas, no meio dos sacrifícios de nossas tropas no Afeganistão, este dificilmente é o momento de argumentar que, às vezes, o terrorismo é aceitável", disse Hague.

O número de militares britânicos mortos no Afeganistão passou de 200 nas últimas horas, desde o início da operação no país, em 2001. O primeiro-ministro, Gordon Brown, voltou a justificar a missão hoje com a necessidade de combater o terrorismo.

Postado por: Maicon Silva

BERLUSCONI DIZ QUE ITÁLIA É 1º PAÍS DA EUROPA A COMEÇAR A SAIR DA CRISE

Roma, 7 ago (EFE).- O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, afirmou hoje que a Itália é o primeiro país da Europa com "sinais de recuperação" econômica, durante uma entrevista coletiva concedida em Roma, para fazer um balanço de seus primeiros 14 meses de mandato.
Berlusconi se apoiou em dados da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e insistiu que é preciso "ter confiança" para sair o mais rápido possível da crise econômica.
O líder italiano começou seu discurso com a leitura de uma carta de felicitação, enviada por seu colega britânico, Gordon Brown, da organização da cúpula do Grupo dos Oito (G8, formado pelos países mais industrializados do mundo mais a Rússia).
Além disso, o primeiro-ministro da Itália se referiu a outros assuntos, como segurança energética e sua vida pessoal.
Berlusconi destacou que, durante seu mandato, algumas das grandes companhias italianas fecharam grandes contratos para construir infraestrutura no exterior e deu como exemplo a companhia de energia Enel, que assinou este ano um acordo com a francesa EDF para colaborar em matéria nuclear.
Berlusconi também falou sobre os escândalos que os rodearam nos últimos meses e assegurou que existe "uma campanha de calúnias" contra ele e seu Governo.
Postado por: Ananda Silva

IMIGRAÇÃO IRREGULAR FAZ AUMENTAR NÚMERO DE BRASILEIROS BARRADOS NA EUROPA

Embaixador diz que brasileiros em situação irregular são maioria.Ele diz que países são soberanos e podem continuar barrando viajantes. Daniel Buarque do G1, em São Paulo

Casos de brasileiros barrados nos aeroportos da Espanha e da Inglaterra dominaram parte da atenção diplomática do governo ao longo dos últimos anos. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o número de pessoas que foram deportadas ou tiveram negada a entrada em outros países quase dobrou de 2005 a 2006, chegando a 13,5 mil pessoas, e manteve a mesma tendência nos anos seguintes. Por mais que o governo se diga empenhado em proteger os direitos dos brasileiros, o Itamaraty admite que não há nada que possa ser feito para garantir o direito de entrada em outros países, que são soberanos.“O direito internacional garante que você possa sair do seu país e voltar a ele, mas não garante o direito de entrar em um outro país. Mesmo que a pessoa tenha visto, é a autoridade migratória que decide se ela entra ou não”, explicou ao G1 o embaixador Eduardo Gradilone, diretor do Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior. Mesmo os vistos não constituem uma garantia, mas sim uma expectativa de direito, diz o MRE. As autoridades migratórias possuem a prerrogativa, caso julguem pertinente, de impedir o ingresso de terceiros em seu território.
Segundo ele, o MRE está fazendo contato com todos os países para garantir que os brasileiros tenham tratamento digno nos aeroportos. O grande problema, entretanto, é que a maior parte dos mais de 2 milhões de brasileiros que se encontram no exterior realmente está em situação migratória irregular. “Acredito que mais de 70% das pessoas estejam irregulares. Temos quase 100% de regularidade no Japão, mas nos EUA, onde há mais de 1,3 milhão de brasileiros e na Europa, onde são quase um milhão, a maior parte dos brasileiros foi ao país, passou o prazo de permanência admitido, se engajou em atividade de trabalho e não se regularizou”, disse Gradilone.Como o Brasil tem uma grande população, explicou, o número de viajantes e de imigrantes irregulares é maior de que de outros países, o que faz com que os controles migratórios acabem barrando muitos brasileiros. Segundo ele, entretanto, proporcionalmente, o volume de brasileiros barrados é menor do que o de cidadãos de outros países.“O Brasil está acostumado a receber os europeus, a ter uma política liberal. Somos acostumados a tratar a imigração como uma coisa positiva e para nos é um choque, um paradoxo, sermos barrados em aeroportos europeus”, disse o embaixador. “A Europa está contaminada com a preocupação com terrorismo, segurança e agora o desemprego”, completou, justificando o maior controle nos países do continente.O embaixador diz que a crise entre Brasil e Espanha por conta dos brasileiros barrados foi o pior momento da relação bilateral entre os dois países. Dela resultou numa reunião de alto nível que estabeleceu um parâmetro de trabalho. “Criamos uma hotline para exame de casos específicos e emergenciais de pessoas que alegam ter toda a documentação e estão sendo barradas a despeito disso. Criamos um sistema de troca de policiais migratórios entre os dois países, para que eles se conheçam melhor e se crie um ambiente de entendimento. Estamos desenvolvendo um folheto com todos os requisitos de entrada na Europa, procuramos pegar tudo o que os mais exigentes pedem, para que todas as pessoas possam ter idéia do que podem ser cobradas quando estiverem sendo recebidas em outro país.”Segundo ele, foram assinados acordos com Espanha e Inglaterra e realizadas reuniões com a França, porque começaram a ocorrer alguns problemas com este país também.