FRANÇA CRIA PRAIA PARA CEGOS

1 de setembro de 2009

Mecanismo de áudio permite que deficientes visuais nadem no mar
A cidade de Saint Jean de Luz, no sudoeste da França, instalou em uma praia equipamentos que permitem que os cegos nadem em segurança, graças a um sistema simples de rádio sem fio.
Boias com sensores de áudio colocadas no mar, com uma distância de 15 metros entre uma e outra, ajudam os cegos a se localizarem na água.
Cada um deles usa no pulso um aparelho parecido com um cronômetro. Quando eles apertam o botão, os sensores dizem exatamente onde eles estão em relação às boias. E há um botão de emergência, caso haja algum problema.
Pascal Andiazabal é um frequentador do local e o diz que o problema para nadadores cegos, como ele, é perder o senso de direção na água.
"Quando eu ouço as mensagens dos sensores dizendo perto de qual boia eu estou, eu sei onde estou e não fico desorientado", diz Andiazabal.
O custo de instalar o sistema ficou em cerca de 25 mil euros, mas o projeto ainda precisa de alguns ajustes.
"Isso aqui é uma baía com ondas e marés e, quando a maré está baixa, as boias com os sensores não ficam estáveis e isso precisa ser consertado", diz o vice-prefeito de Saint Jean de Luz, Ferdinand Echave.
Em várias partes do sul da França as praias estão sendo preparadas para receber cegos com segurança.

PAÍSES DA UE COMPROMETIDOS COM KIOTO REDUZEM EMISSÕES EM 1,3%

31 de agosto de 2009

Bruxelas, 31 ago (EFE).- Os 15 países da União Europeia (UE) comprometidos com o Protocolo de Kioto reduziram em 1,3% suas emissões de gases causadores do efeito estufa em 2008 em relação ao ano anterior e 6,2% desde 1990, segundo um cálculo da Agência Europeia de Meio Ambiente.
A Comissão Europeia (órgão executivo da UE) se mostrou satisfeita com o número, que consolida o corte de emissões pelo quarto ano consecutivo, apesar de o bloco europeu não ter conseguido a redução de 8% para o período 2008-2012, a que se comprometera ao assinar o Protocolo de Kioto.
O comissário europeu de Meio Ambiente, Stavros Dimas, considerou em comunicado que a UE vai por bom caminho para cumprir seu objetivo com Kioto, embora tenha reconhecido que parte da redução se deveu à recessão econômica.
"É preciso consolidar essa tendência nos próximos anos", comentou Dimas, para quem a UE já demonstrou que pode desvincular suas emissões do crescimento econômico.
A Agência Europeia de Meio ambiente divulgou também os dados provisórios sobre a redução do bloco todo, embora só os antigos 15 tenha firmado objetivos diretamente vinculados ao Protocolo de Kioto.
As emissões poluentes se reduziram no conjunto da UE 1,5% em 2008, o que representa uma queda de 13,6%, abaixo dos níveis do ano de referência (que varia por países).
O Protocolo de Kioto não prevê objetivos para os 12 últimos países que se incorporaram à UE, já que o acordo foi assinado quando ainda não eram membros. Porém, todos os Estados - menos Chipre e Malta - firmaram compromissos equivalentes de redução que variam de 6% a 8% de diminuição em relação ao ano base.

PAÍSES DEBATERÃO PROGRAMA NUCLEAR DO IRÃ NA ALEMANHA

Nações do Conselho de Segurança da ONU e anfitriã preparam soluções que serão apresentadas em Nova York

BERLIM - Autoridades de seis países debaterão nesta semana soluções para o programa nuclear do Irã, informou nesta segunda-feira, 31, um porta-voz do governo da Alemanha, onde o encontro ocorrerá.

O porta-voz do Ministério do Exterior disse que a reunião, de um "alto nível de servidão civil", será realizado em território alemão, mas não na capital Berlim. Não foram dados mais detalhes sobre o encontro.

O porta-voz do Ministério do Exterior da França afirmou que a reunião deve acontecer em Frankfurt. O objetivo será se preparar para novo encontro de setembro na sede da ONU, em Nova York, para estabelecer as medidas que serão tomadas quando ao programa nuclear iraniano.

As nações que participarão da reunião são as que compõem o Conselho de Segurança da ONU - EUA, Reino Unido, França, Rússia e China - e a Alemanha, que estiveram frequentemente se reunindo para discutir o assunto.

O Irã insiste que seu programa nuclear tem fins pacíficos e vai somente gerar energia elétrica. Os EUA e seus aliados alegam que o país islâmico pretende construir armas nucleares e por isso aumentaram as ameaças de impor duras sanções à nação.

Na semana passada, a chanceler alemã, Angela Merkel, pediu ao governo iraniano que paralisasse seu programa nuclear e retornasse às negociações na reunião de setembro. Do contrário, se arriscaria a sofrer sanções "nos setores energético, financeiro e outros campos importantes".

ONGS EXIGEM DA UE MUDANÇAS NA POLÍTICA PARA REFUGIADOS

Coletes salva-vidas em Lampedusa: mortes de refugiados no Mediterrâneo se tornaram rotina

A política para refugiados da União Europeia é uma da prioridades da presidência sueca, garantem organizações humanitárias e de defesa dos direitos humanos em Berlim. Elas cobram mudanças na política do bloco.

Coletes salva-vidas em Lampedusa: mortes de refugiados no Mediterrâneo se tornaram rotina

O cenário é complexo: embarcações com refugiados morrendo afogados nas fronteiras externas da União Europeia, a apreensão das mesmas em mar alto pelas guardas costeiras europeias e seu envio aos países de origem ou de trânsito (em procedimentos que ferem o Direito Internacional), além de deficiências nos procedimentos de concessão de asilo político e alojamento de refugiados em países externos à UE.
Tal situação levou diversas organizações humanitárias a formarem uma aliança com o objetivo de evitar o que chamam de "externalização da proteção ao refugiado", chamando também a atenção da opinião pública sobre o assunto. Dela fazem parte organizações como a Anistia Internacional, a Pro Asyl, associações jurídicas, a Cruz Vermelha alemã, bem como várias outras ONGs com fins humanitários.
"O que queremos com essa aliança é uma mudança elementar nas prioridades da política europeia de imigração e de refugiados. Formulamos nesta declaração comum, de maneira muito clara, que o rumo tomado atualmente pela Europa não condiz com os direitos humanos nem com o Direito Internacional nem de forma alguma com a jurisprudência da Corte Europeia de Direitos Humanos", afirma Günter Burkhardt, diretor da Pro Asyl.
Pressão sobre o governo
Frente às milhares de mortes no mar, essas organizações esperam do governo alemão uma posição clara. "O que presenciamos é uma erosão do fundamento sobre o qual nossa sociedade está baseada, ou seja, o apreço pela dignidade humana e a validade incondicional dos direitos humanos", completa Burkhardt.

Uma das maiores críticas das ONGs diz respeito à prática da UE de abordar embarcações de refugiados no Mediterrâneo, a fim de enviá-los de volta para a África. Foi essa a forma como a Itália, nas últimas semanas, bloqueou barcos com centenas de refugiados em alto mar, enviando-os para a Líbia.
Isso antes mesmo que essas pessoas tivessem pisado em solo italiano, onde teriam teriam podido entrar com um pedido de asilo. Um documento redigido pela aliança de ONGs condena esse procedimento, afirmando que o mesmo não condiz com o Direito Internacional.
Mares sem lei?
"Afirma-se que apreender e forçar o recuo de uma embarcação de refugiados em alto mar não vai contra o Direito Internacional. Por trás disso, está implícita a ideia de que o alto mar é um espaço sem lei e sem Direito. Esse não é o caso", critica o advogado Reinhard Marx, ao afirmar que a UE tem tomado posições que violam o Direito Internacional.
Além disso, salienta Marx, ainda têm que ser levadas em consideração outras normas marítimas de proteção de refugiados, quando estes se encontram em situações de perigo no Mediterrâneo.
Wiebke Henning, especialista em refugiados da Anistia Internacional na Alemanha, critica principalmente o fato de os países da UE com fronteiras externas terem que arcar sozinhos com a responsabilidade sobre a questão. "Numa comparação por número de habitantes, por exemplo, Malta é responsável por um número 19 vezes maior de requerimentos de asilo que a Alemanha", observa Henning.
Balanços problemáticos
Refugiados iraquianos: conduta é distinta nos diversos países da UEO advogado Marx defende a urgência de uma unificação nos procedimentos jurídicos com relação aos refugiados, acabando com discrepâncias como a que concede aos iraquianos na Grécia nenhum direito de requerer asilo político, enquanto os mesmos são, em 80 ou até 90% dos casos, reconhecidos em outros países da UE.
Tanto a Anistia Internacional quanto a Pro Asyl se posicionam contra a ampliação prevista das medidas de envio compulsório de refugiados na Europa para países de trânsito ou para seus países de origem. Ambas criticam a intenção da UE de cooperar com tais países, onde os direitos humanos dos refugiados são obviamente desrespeitados. Estados como a Líbia e a Mauritânia, por exemplo, não são, segundo os representantes das ONGs, espaços de proteção para refugiados, registrando, pelo contrário, um balanço altamente problemático em termos de respeito aos direitos humanos.
Autora: Sabine Ripperger
Revisão: Rodrigo Abdelmalack
Guardas costeiros dos países europeus mediterrâneos costumam apreender embarcações em alto mar e enviá-las de volta a seus países de origem
Bildunterschrift: Guardas costeiros dos países europeus mediterrâneos costumam apreender embarcações em alto mar e enviá-las de volta a seus países de origem

CAPITALISMO SERÁ VILÃO NO FESTIVAL DE VENEZA.

30 de agosto de 2009

O Festival de Cinema de Veneza mira este ano o capitalismo, nas premières do documentário de Michael Moore sobre o derretimento da economia dos Estados unidos e de um drama em que Matt Damon interpreta um corrupto delator do mundo corporativo.

Em "Capitalismo: Uma História de Amor", que participa da mostra competitiva do festival anual, Moore enfrenta os chefões das corporações com o estilo combativo que é sua marca, trazendo o tema quente da recessão para a pitoresca avenida beira-mar do Lido.

E "O Informante!", dirigido por Steven Soderbergh, tem Damon no papel de um desonesto executivo, baseado em uma história real, que expôs sua empresa a táticas de fixação de preços. O filme será apresentado fora da mostra competitiva do festival, que se realiza entre 2 e 12 de setembro.

Damon é um dos vários atores de primeira linha de Hollywood esperados no tapete vermelho em 2009, num momento em que os estúdios parecem preparados para arcar com custos substanciais e ir a Veneza para causar alvoroço por seus filmes, na largada da temporada de premiações.

Centenas de fãs aglomerados fora do cinema principal onde haverá as estreias de gala se manterão firmes diariamente à espera de ver Nicolas Cage, George Clooney, Oliver Stone, Charlize Theron, Eva Mendes, Richard Gere e Sylvester Stallone, entre outros.

A edição de 2009 do mais antigo festival de cinema do mundo parece prestes a ofuscar a do ano passado, que apesar do aclamado retorno de Mickey Rourke, em "O Lutador", com a conquista do Leão de Ouro de melhor filme, foi considerada medíocre e sem a força dos astros do cinema.

"No papel, parece que vai ser algo bom. Essas pessoas vão dar ao tapete vermelho do festival o glamour de que está precisando", disse Lee Marshall, crítico de cinema da Screen International e presença constante no evento em Veneza.

"Isso faltou no ano passado, que muitos consideraram um festival fraco nesse aspecto. Muitos representantes da mídia cancelaram sua vinda depois do anúncio da programação."

MINISTRO BRITÂNICO NEGA ACORDO COMERCIAL NO CASO LOCKERBIE

O ministro britânico da Justiça, Jack Straw, desmentiu neste domingo que Londres tivesse feito um acordo, em 2007, com Trípoli, para libertar o líbio condenado pelo atentado de Lockerbie, em troca de um importante contrato de fornecimento de petróleo, como denunciou a imprensa. "A insinuação de que, de uma maneira ou outra, tivéssemos fechado um pacto secreto para libertar (Abdelbaset al) Megrahi é simplesmente absurda", disse Straw à BBC em resposta a revelações publicadas neste domingo pelo jornal Sunday Times.

A publicação obteve duas cartas enviadas em 2007 pelo próprio Straw a seu colega escocês, Kenny MacAskill, que fazem alusão a uma mudança de atitude de Londres em relação a Abdelbaset al Megrahi (o único condenado pelo atentado de Lockerbie) cuja libertação, neste final de agosto, pela Escócia, foi motivo de uma grande polêmica. Na primeira carta, de 26 de julho de 2007, Straw dizia preferir que o líbio, então preso na Escócia, fosse excluído de um acordo sobre a transferência de presos entre a Grã-Bretanha e a Líbia.

Na segunda, de 19 de dezembro de 2007, Straw informou a MacAskill de que sua posição havia mudado, "levando em conta os interesses manifestos do Reino Unido". O Sunday Times sugere que esta mudança de Straw está relacionada a um acordo de exploração de petróleo e gás entre a companhia britânica BP e Líbia, avaliado potencialmente em 15 bilhões de libras, com negociação bloqueada naquele momento.

O Sunday Times assegura que Trípoli pressionou para incluir Megrahi nas negociações e revela que menos de seis semanas depois do envio da segunda carta de Straw o acordo sobre petróleo foi assinado.

UM TERÇO DOS EUROPEUS NUNCA USOU A INTERNET, DIZ UNIÃO EUROPEIA


Um terço dos cidadãos da União Europeia nunca acessou a internet, comparado com 40% em 2007, mostrou uma pesquisa da União Europeia (UE) nesta terça-feira (4). No estudo sobre a economia digital das 27 nações da UE, a Comissão Europeia também disse que mais de um em quatro europeus nunca usou um computador e 40% não tem acesso à web em casa. Entre aqueles que não têm conexão com a internet, mais de um terço disse que não tem necessidade, enquanto aproximadamente uma em quatro pessoas disse que não tem recursos para gastar com a rede. Pessoas mais velhas -- acima de 65 anos -- e desempregados são os menos conectados. A Comissão, o braço executivo da UE, informou que as pessoas entre 16 e 24 anos ficam mais conectadas. A pesquisa também inclui crianças e jovens.

Rápida e fácil
Viviane Reding, comissária da União Europeia para Informação da Sociedade e Mídia, disse que o foco deve ser tornar a conexão de alta velocidade gratuita para esses usuários frequentes. Ela pretende apresentar novas regras para downloads na internet para tornar mais fácil o acesso de músicas e filmes às pessoas. "Para aumentar o potencial econômico desses meios digitais, precisamos tornar o conteúdo do acesso digital mais fácil e mais justo", disse ela em comunicado.

PORTUGAL JÁ COMANDOU IMPÉRIO DE 14 COLÔNIAS EM QUATRO CONTINENTES

Portugal, hoje, não é o país mais poderoso da União Europeia e nem tem a maior economia do mundo. Mas, um dia, nossos colonizadores já estiveram no topo, dominando um verdadeiro império global e se posicionando como a nação mais empreendedora do planeta. Foi nos séculos XV a XVIII, quando as grandes navegações ajudaram a encontrar terras novas - e a explorar tudo o que se podia delas.


Nessa época, territórios foram dominados e um intercâmbio mundial de produtos tomou conta dos mares. Portugal submetia os povos pela força das armas, estimulando rivalidades internas, e pelo comércio.


Além do Brasil, que, como sabemos, foi provedor de matérias-primas para a nação portuguesa a partir do século XVI, outras regiões também ajudaram a concentrar a riqueza do mundo na Europa - os portugueses chegaram até ao Tibete!


Muitas das colônias ficaram sob comando dos lusitanos por séculos - Timor Leste, por exemplo, comemora neste domingo (30) dez anos de independência. Depois de terem se desvinculado de Portugal, em 1975, os timorenses foram submetidos pelos indonésios por mais 24 anos. O país era fornecedor de sândalo e, depois da expulsão dos portugueses da China, foi palco para contrabando.


"As colônias asiáticas tinham um papel muito mais importante para Portugal, porque eram o principal meio de obter capital, aí que estava o lucro, uma lucratividade imensamente maior do que na América Portuguesa. Enquanto na Ásia eles tinham um lucro que chegava a mais de 40.000% principalmente com a pimenta, a porcelana e a prata", explica em entrevista ao G1 Fábio Pestana Ramos, doutor em história social pela USP e professor da Fundação Santo André.


Segundo o professor, que também é autor de "Por Mares nunca dantes navegados - as aventuras dos descobrimentos" (Ed. Contexto), a África teve uma importância fundamental para os portugueses no início das grandes navegações, no século XVI, como produtora de pimenta malagueta. "Esse produto era uma alternativa de consumo da pimenta do reino, monopolizada pelos italianos. Foi em parte com o dinheiro da venda dessa pimenta que as grandes navegações do século XVI foram financiadas. Depois, a África teve o papel de ser fornecedora de mão-de-obra escrava."

CRESCIMENTO ECONÓMICO DA POLÔNIA É DOS MAIS ELEVADOS DA UE - DIZ DIPLOMATA EM ANGOLA

Luanda - O encarregado de negócios interino da Polónia em Angola, Jacek Wasilewski, considerou a taxa de crescimento económico do seu país como uma das mais elevadas da União Europeia (UE), organização da qual é membro.
Em declarações à Angop, em Luanda, o diplomata sustentou que a Polónia é o quinto maior Estado da UE e que nos últimos anos a sua economia tornou-se numa das que mais cresceu, devido a transformações "bem sucedidas".
Segundo disse, este sucesso observado na reforma da economia polaca foi reconhecido a nível mundial, o que constitui motivo de orgulho para o país.
"A Polónia tem a sua economia em fase de crescimento muito acelerado, com base industrial, e tem sido um mercado atractivo para investimentos externos, vindos dos EUA, Alemanha, França ou Países Baixos", frisou Jacek Wasilewski.
Acrescentou que o seu país também possui mão-de-obra altamente qualificada, bem como um custo de actividade económica bastante baixo comparado aos outros países da Europa Ocidental.
A Polónia apresenta uma economia diversificada, embora os serviços sejam a actividade económica predominante.
Os produtos mais exportados são máquinas e equipamentos industriais, de construção civil, automóveis, produtos electrodomésticos e aviões ligeiros.
A República da Polónia tem uma democracia liberal, sendo membro da União Europeia (UE), da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e da Aliança Atlântica (OTAN).

COLÉGIOS ELEITORAIS ABREM PARA ELEIÇÕES REGIONAIS NA ALEMANHA

Berlim, 30 ago (EFE).- Os colégios eleitorais dos estados federados alemães de Turíngia e Saxônia (leste do país) e Sarre (oeste) abriram hoje, às 3h de Brasília, para o pleito regional realizado quatro semanas antes das gerais do dia 27 de setembro.
Cerca de seis milhões de eleitores foram convocados às urnas, que se fecharão às 16h de Brasília, em eleições que, além do interesse local, são o último teste direto perante a carreira pela Chancelaria entre a titular, Angela Merkel, e seu ministro de Exteriores e candidato social-democrata, Frank-Walter Steinmeier.
O Partido Social-Democrata (SPD) precisa de alguma vitória para dar brio à campanha de Steinmeier pela Chancelaria, já que há meses as pesquisas o dão como derrotado.
A União Democrata-Cristã (CDU) de Merkel e seus aliados da União Social-Cristã da Baviera (CSU) têm cerca de 14 pontos de vantagem sobre o SPD.
Tudo aponta para que as gerais coloquem fim à grande coalizão comandada por Merkel desde 2005 e comportarão o substituto de Steinmeier por Guido Westerwelle, líder do Partido Liberal (FDP).
Nos três estados em disputa a CDU de Merkel governa e as pesquisas apontam que ela defenderá sua posição de primeira força.
No entanto, prevê-se notáveis perdas de votos na Turíngia e em Sarre, onde governa sozinho, o que a obrigará a buscar um parceiro ou inclusive poderia provocar um revezamento no poder com o SPD como força governamental, escorada na Esquerda.
Esta combinação daria a oportunidade de arrebatar até dois Länder da CDU, mas traz riscos para Steinmeier. Apesar da Esquerda ter experiência de Governo com o SPD em estados do leste, a questão é um tabu no oeste por agrupar em suas fileiras comunistas, considerados herdeiros do regime germânico-oriental. EFE