Pesquisa mostra queda na aprovação do governo de Berlusconi

25 de outubro de 2009


O índice de aprovação ao governo do premiê Silvio Berlusconi caiu nos últimos meses, em parte devido a uma polêmica anistia fiscal, mas continua em 44%, mostrou uma pesquisa.

Segundo a pesquisa, publicada no jornal "Corriere della Sera" no domingo (25), a popularidade de Berlusconi em janeiro era de 54,1%.

A pesquisa ISPO mostra que cerca de 70% dos italianos desaprovam a anistia fiscal aprovada pelo Parlamento em 2 de outubro, como parte de uma série de medidas do governo para responder à pior recessão econômica a atingir a Itália desde a Segunda Guerra Mundial.
A legislação permite que os italianos repatriem fundos não declarados em paraísos fiscais no exterior sem serem taxados, pagando apenas 5% do valor. Os críticos dizem que a nova lei recompensa o crime organizado e sonegadores de impostos.
"O governo ainda desfruta de um amplo consenso hoje", escreveu Renato Mannheimer da ISPO. "Mas, levando em conta os números dos últimos meses, não se pode ignorar que há uma queda consistente".
Pesquisas de opinião mostram que a popularidade de Berlusconi entre os italianos também está caindo depois de uma série de escândalos. Uma pesquisa feita por institutos de pesquisa e publicada pela IPR em 15 de outubro mostrou que o apoio ao magnata da mídia caiu para 45% dos 62% um ano atrás.
*Postado por Ananda Silva e Michelle Silveira

Otan apoia planos para escudo antimísseis dos EUA

Secretário-geral da entidade diz que fará esforços para que todos os membros aceitem a proposta

BRATISLAVA - O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, disse nesta sexta-feira, 23, que a entidade recebeu bem os planos do presidente dos EUA, Barack Obama, de implantar um sistema de defesa antimísseis na Europa e espera que os membros do grupo o aceitem também.

Segundo Rasmussen, o escudo antimísseis de Obama, que tem o objetivo de defender o Ocidente de ameaças de países como o Irã, vai fornecer proteção aos americanos e europeus contra uma "ameaça real".

As declarações do secretário foram dadas após a reunião com o secretário de Defesa americano, Robert Gates, na qual foi apresentada a proposta de Obama para reconfigurar o sistema antimísseis da era Bush. O encontro foi realizado em Bratislava, na Eslováquia.

Apoio

A República Checa foi o primeiro país a apoiar os novos planos de Obama. O primeiro-ministro do país, Jan Fischer endossou a proposta americana ao dizer que seu país está "pronto para participar" do processo, que envolve interceptadores de média e curta distância.

O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou que enviará especialistas a Praga em novembro para iniciar as discussões.


Postado por Michel Bomfim e Rafaela Hughes

Europa tenta remover últimos obstáculos a Tratado de Lisboa

BRUXELAS (Reuters) - Líderes da União Européia querem chegar a um acordo numa conferência nesta semana para remover os últimos obstáculos a um tratado que dará ao bloco mais poder global. Contudo, eles enfrentam uma batalha para definir como será financiado um acordo sobre a mudança climática.

Se eles não conseguirem chegar a um acordo, o bloco de 27 países pode parecer impotente quando tenta fortalecer seu papel no cenário mundial, ao mesmo tempo que aumenta a influência de potências emergentes como a China.

Líderes da UE disseram publicamente que têm esperanças de acabar com o impasse em ambas as questões em discussão. Mas muito depende da diplomacia antes da conferência em Bruxelas, que acontece na quinta e na sexta-feira.

A chance de um avanço na reforma do Tratado de Lisboa surgiu na sexta quando o presidente checo Vaclav Klaus, o único líder da UE que continua a se opor à carta, mostrou-se receptivo a uma proposta da presidência da UE para que ele assinasse o documento.

"Espero que alguma solução seja possível, na minha opinião. Estou otimista sobre a questão toda," disse o presidente do Parlamento Europeu Jerzy Burzek à Reuters numa entrevista.

O tratado define reformas para facilitar a tomada de decisões na UE e cria dois novos postos, um novo presidente de longo prazo e um chefe das relações exteriores que terá mais poder para representar o bloco que engloba mais de 500 milhões de pessoas.

Como condição para assinar o tratado, Klaus já pediu para não assinar uma carta de direitos que está em anexo, dizendo que ele quer defender a República Checa dos pedidos de revisão de propriedade que os alemães expulsos depois da Segunda Guerra podem fazer.
A ratificação dos checos também depende de uma revisão pela corte constitucional do país. Espera-se que o órgão aprove o documento antes da conferência. Klaus, então, o aprovaria e o tratado seria implementado até o fim do ano.
Os líderes provavelmente terão menos acordo quando o assunto for o financiamento para um acordo global sobre mudanças climáticas, para o qual haverá negociações em Copenhague em dezembro, disseram diplomatas da UE.
"Isso será sério porque não teremos posição clara sobre financiamento (para as negociações de Copenhague)," disse um alto funcionário das relações exteriores.

O financiamento para ajudar os países pobres a combater as mudanças climáticas é o principal obstáculo ao sucesso das negociações de Copenhague, que buscam um novo tratado para combater o aquecimento global.

*Postado por Maicon Silva e Henrique Alves