Sarkozy descarta envio de mais tropas ao Afeganistão

15 de outubro de 2009

Paris, 15 out (EFE).- O presidente da França, Nicolas Sarkozy, ressaltou a importância da presença de tropas estrangeiras no Afeganistão, mas disse que seu país não envia "nem mais um soldado" a esta nação asiática.

"Se formos embora, será o Paquistão, uma potência nuclear, que ficará ameaçado", declarou Sarkozy à edição de amanhã ao jornal "Le Figaro", que hoje publicou um trecho da entrevista em seu site.

"Minha convicção é que faltam soldados afegãos. Eles serão os mais eficazes para ganhar esta guerra, porque é o país deles", acrescentou o presidente francês.

"É preciso ficar no Afeganistão? Respondo que sim. E ficar para ganhar", afirmou Sarkozy, segundo quem o soldo dos soldados afegãos precisa melhorar para evitar "deserções em benefício dos talibãs".

Sobre o programa nuclear iraniano, o chefe de Estado disse que "é preciso esperar as vistorias da AIEA" (Agência Internacional de Energia Atômica).

"Seria uma boa notícia se (as autoridades iranianas) deixassem que as visitas fossem até o fim. Se não, terão que assumir todas as consequências", concluiu o presidente francês. EFE

*Postado por Lucas Cardozo e Irla Nunes

Espanha estuda quantos prisioneiros de Guantánamo vai receber, diz Zapatero

13 de outubro de 2009


O presidente Barack Obama e o chefe de governo espanhol, José Luís Rodríguez Zapatero, abriram nesta terça-feira (13) um novo capítulo nas relações entre ambos os países, com um encontro na Casa Branca.
Depois de seis anos sem ter sido recebido individualmente por George W. Bush, para Zapatero a reunião, em Washington, representa vitória pessoal, num momento difícil de sua presidência por causa da crise econômica.
"Este é o primeiro dia de um trabalho conjunto", resumiu Obama à imprensa, depois de um almoço de trabalho e uma reunião de 40 minutos no Salão Oval.

Zapatero, no entanto, não confirmou aos repórteres o número de prisioneiros do campo de Guantánamo que seu país está disposto a aceitar.
"O presidente Obama me agradeceu a posição da Espanha de acolher presos de Guantánamo, estamos estudando quantas pessoas poderemos receber", declarou Zapatero.
Esses prisioneiros seriam três no máximo, haviam afirmado fontes espanholas em Madri semana passada.
Para Obama, a acolhida de prisioneiros de Guantánamo em território europeu, que está sendo laboriosamente negociada, viria como um alívio, depois da promessa de que fecharia em janeiro próximo esse polêmico campo de presumíveis terroristas detidos.
O presidente americano, com afinidades políticas evidentes com Zapatero, elogiou de forma vaga os esforços espanhóis no Afeganistão, na luta contra o desemprego e no setor de energias renováveis.
"Ambos trabalhamos diligentemente para que as pessoas voltem a encontrar trabalho e para se recuperarem da pior recessão em décadas", disse Obama.
Zapatero, acompanhado de seu chanceler Miguel Angel Moratinos, viaja em seguida à Síria, depois de deixar Washington, para participar de esforços diplomáticos na região.
A Espanha assume no primeiro semestre de 2010 a presidência de turno da União Europeia.
* Postado por Ananda Silva e Michelle Silveira

Físico francês é acusado por supostos vínculos com Al-Qaeda

12 de outubro de 2009

Funcionário disse que acusações preliminares foram apresentadas por 'associação com organização terrorista'
PARIS - O físico francês detido na semana passada por supostos laços com extremistas foi acusado preliminarmente nesta segunda-feira, segundo um funcionário do Judiciário da França. O cientista trabalha no maior colisor de partículas do mundo e suspeita-se que tenha vínculos com a rede extremista Al-Qaeda.
O físico de 32 anos, de origem argelina, trabalha no Grande Colisor de Hádrons (LHC), da Organização Europeia para a investigação Nuclear (Cern, na sigla em inglês). Suspeita-se de laços entre ele e o grupo norte-africano Al-Qaeda no Magreb Islâmico. Um funcionário disse que as acusações preliminares foram apresentadas nesta segunda-feira por "associação criminosa com uma organização terrorista". A fonte pediu anonimato.

Pelas leis francesas, as acusações preliminares dão ao investigador algum tempo para realizar seu inquérito, a fim de então decidir se envia o suspeito para julgamento ou arquiva o caso.
Postado por: Rafaela Lima Hughes e Michel Bomfim de Souza

Porsche vai reinvestigar emprego de trabalho forçado durante o nazismo

Até agora, montadora alemã de veículos esportivos admitia haver empregado 50 trabalhadores forçados durante o nazismo. Mas novo livro revela que esse número pode chegar a 300. Peritos independentes investigarão assunto.

A Porsche vai investigar novas acusações sobre trabalho forçado em suas unidades durante o regime nazista. Ainda neste ano, especialistas externos irão avaliar indícios do emprego de centenas de trabalhadores forçados, anunciou o diretor do arquivo da montadora, Dieter Landenberger, ao jornal israelense Haaretz (versão dominical online).

Um porta-voz da Porsche disse que inicialmente acreditava-se ter sido "pequeno" o grupo de trabalhadores forçados empregados, mas que agora foi verificado tratar-se de um número maior.

"Temos de reavaliar este tema. Primeiramente, peritos irão separar os arquivos em questão. Depois, serão consultados especialistas externos. Ainda estamos no início do processo," explicou.

Revelações publicadas em livro

A questão dos trabalhadores forçados voltou à tona após a publicação de um livro sobre criminosos nazistas de Stuttgart, no qual o jornalista Ulrich Viehöfer analisa a fundo o comportamento, entre outros, de Ferdinand Porsche, patriarca da família Porsche.

Segundo o livro, a empresa manteve 300 trabalhadores forçados durante o nazismo. Até agora, a Porsche havia reconhecido apenas 50 casos, entre poloneses, russos, holandeses, flamengos, belgas, tchecos e italianos.

Onze ex-trabalhadores forçados haviam reagido a uma oferta anterior da montadora alemã de carros esportivos, dos quais oito foram indenizados. Segundo ela própria, a Porsche transferiu cerca de 2,5 milhões de euros ao fundo criado por empresas alemãs para indenizar trabalhadores forçados.

RW/dpa/ddp

Revisão: Rodrigo Rimon