16 de novembro de 2009
Pesquisa mostra queda na aprovação do governo de Berlusconi
25 de outubro de 2009
A legislação permite que os italianos repatriem fundos não declarados em paraísos fiscais no exterior sem serem taxados, pagando apenas 5% do valor. Os críticos dizem que a nova lei recompensa o crime organizado e sonegadores de impostos.
"O governo ainda desfruta de um amplo consenso hoje", escreveu Renato Mannheimer da ISPO. "Mas, levando em conta os números dos últimos meses, não se pode ignorar que há uma queda consistente".
Pesquisas de opinião mostram que a popularidade de Berlusconi entre os italianos também está caindo depois de uma série de escândalos. Uma pesquisa feita por institutos de pesquisa e publicada pela IPR em 15 de outubro mostrou que o apoio ao magnata da mídia caiu para 45% dos 62% um ano atrás.
Otan apoia planos para escudo antimísseis dos EUA
Europa tenta remover últimos obstáculos a Tratado de Lisboa
BRUXELAS (Reuters) - Líderes da União Européia querem chegar a um acordo numa conferência nesta semana para remover os últimos obstáculos a um tratado que dará ao bloco mais poder global. Contudo, eles enfrentam uma batalha para definir como será financiado um acordo sobre a mudança climática.
Se eles não conseguirem chegar a um acordo, o bloco de 27 países pode parecer impotente quando tenta fortalecer seu papel no cenário mundial, ao mesmo tempo que aumenta a influência de potências emergentes como a China.
Líderes da UE disseram publicamente que têm esperanças de acabar com o impasse em ambas as questões em discussão. Mas muito depende da diplomacia antes da conferência em Bruxelas, que acontece na quinta e na sexta-feira.
"Espero que alguma solução seja possível, na minha opinião. Estou otimista sobre a questão toda," disse o presidente do Parlamento Europeu Jerzy Burzek à Reuters numa entrevista.
Como condição para assinar o tratado, Klaus já pediu para não assinar uma carta de direitos que está em anexo, dizendo que ele quer defender a República Checa dos pedidos de revisão de propriedade que os alemães expulsos depois da Segunda Guerra podem fazer.
O financiamento para ajudar os países pobres a combater as mudanças climáticas é o principal obstáculo ao sucesso das negociações de Copenhague, que buscam um novo tratado para combater o aquecimento global.
*Postado por Maicon Silva e Henrique Alves
Brasil e Índia querem apresentar recurso sobre genéricos contra a UE
24 de outubro de 2009
Índia e Brasil planejam entrar com recurso na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a União Europeia, em uma disputa envolvendo a apreensão de medicamentos genéricos efetuada pelos europeus.
Diplomatas dos dois países junto à OMC afirmaram que seus governos decidiram encaminhar um pedido para realização de consultas com a UE, primeira etapa para lançar uma disputa comercial formal.
Em dezembro de 2008, as autoridades holandesas apreenderam genéricos para tratamento de hipertensão, a caminho da Índia para o Brasil. Ambos os países acreditam que o caso é um símbolo do desrespeito das nações ricas e das grandes corporações.
Dilema
A luta entre as multinacionais farmacêuticas e os países ricos e os países em desenvolvimento envolve políticas de comércio e a questão de patentes e propriedade intelectual sobre medicamentos. O dilema é: como conciliar o fornecimento de remédios acessíveis à população de países pobres com a necessidade de se promover a pesquisa médica com o dinheiro arrecadado através das patentes dos medicamentos.
"Decidimos lançar a realização de consultas", afirmou o embaixador da Índia junto à OMC, Ujal Singh Bhatia. "Só estamos finalizando os procedimentos", observou.
"No momento, a decisão de Brasília é de seguir adiante", confirmou o representante brasileiro na OMC, embaixador Roberto Azevedo. Os dois diplomatas ainda não decidiram quando será feito o pedido formal para notificação.
Dois pesos e duas medidas
Tentando um tom conciliatório, a Comissão Europeia afirmou que está levando a sério a questão do acesso a medicamentos por parte dos países em desenvolvimento, e examina os casos de apreensão de remédios.
"A Comissão concorda que ações contra falsificações e contra drogas perigosas não deveriam ser realizadas às custas do comércio de medicamentos genéricos genuínos ", contemporizou Lutz Guellner, porta-voz da comissária europeia para o Comércio, Catherine Ashton. Ela discutiu a questão com o ministro indiano de Comércio e Indústria, Anand Sharma, no começo de outubro, e concordou em continuar trabalhando no assunto.
Em um relatório divulgado nesta semana, as ONGs Oxfam e Health Action International (HAI) acusaram a Europa de estar usando dois pesos e duas medidas, quando de um lado baixa preços de medicamentos no mercado interno e, por outro lado, dificulta o acesso de países pobres a medicamentos baratos.
Passo importante
"Brasil e Índia estão dando um passo importante para derrubar a política europeia de patentes, que está indo na direção errada e impedindo o acesso de milhões de pessoas a medicamentos importantes", declarou Rohit Malpani à Deutsche Welle. O consultor da Oxfam é um dos autores do documento.
Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Segundo ONGs, leis de patentes severas prejudicam 2 bilhões de doentes no mundo
"A União Europeia pressiona países como a Índia ou o Equador a introduzirem regras de patentes que vão muito além das impostas pela OMC", acusa o estudo da Oxfam e da HAI. As entidades acusam a UE de colocar os interesses da indústria farmacêutica "acima da saúde de 2 bilhões de pessoas no mundo inteiro, que não têm acesso a medicamentos básicos".
Segundo David Hachfeld, diretor do departamento de política comercial da Oxfam alemã: "A rígidas regras de patentes da UE subvertem as metas de desenvolvimento do milênio, restringirem o comércio de genéricos, e dessa forma fazem com que o preço dos medicamentos chegue às alturas".
"A Índia, por exemplo, produz mais de 80% das drogas anti-HIV de preços acessíveis empregadas no mundo. O endurecimento das regras de patentes da UE deixaria à deriva milhões de portadores de HIV nos países em desenvolvimento", acrescenta Hachfeld.
Desde o fim de 2008, policiais alfandegários de Alemanha e Holanda apreenderam 19 carregamentos de remédios genéricos destinados a países em desenvolvimento, de acordo com a Oxfam e a HAI.
Inspeções
Elise Ford, diretora da representação da Oxfam junto à União Europeia, afirmou que as ações resultariam em medicamentos com preço mais alto nos países em desenvolvimento, ao mesmo tempo em que a Comissão Europeia está lançando sua própria campanha para assegurar acesso para genéricos baratos dentro de seus Estados-membros.
Autoridades da UE lançaram no começo do ano passado uma série de inspeções para descobrir depósitos ilegais de genéricos em empresas farmacêuticas. A suspeita é de que algumas farmacêuticas recorram à prática do estoque para adiar, assim, a distribuição de medicamentos baratos, lucrando com os remédios de preços mais altos já existentes no mercado.
As autoridades europeias argumentam ter o direito de inspecionar medicamentos genéricos em trânsito, para proteger os cidadãos e pessoas em países desenvolvidos de medicamentos falsificados. A apreensão que irritou o Brasil e a Índia envolveu um carregamento de losartan, o nome genérico para o remédio contra pressão sanguínea alta Cozaar, da Merck. Os medicamentos estavam sendo exportados pelos laboratórios Dr. Reddys, da Índia, e retornaram ao país, após serem liberados pela alfândega.
Formalmente, as regras da OMC preveem que a Índia e o Brasil encaminhem queixas separadas, embora elas possam ser consolidadas em um único caso. "As equipes de juristas já estão se comunicando entre si e se preparando" afirmou Azevedo. "No caso de um encaminhar uma petição, então o outro também tem que fazer uma acusação que seja consistente."
Autor: MD/rtr/ots
Revisão: Augusto Valente
Justiça da Suécia vai libertar a ex-presidente dos sérvios da Bósnia
22 de outubro de 2009
No mês passado, o Tribunal Penal Internacional (TPI) aprovou a libertação antecipada de Biljana Plavsic, condenada em fevereiro de 2003 a 11 anos de prisão.
"Em sua decisão de 14 de setembro de 2009, o Tribunal Penal Internacional concorda com uma libertação condicional de Biljana Plavsic segundo a legislação sueca", afirma um comunicado do ministério sueco.
De acordo com a lei sueca, o réu pode ser liberado por boa conduta quando já cumpriu dois terços da pena.
A ex-presidente dos sérvios da Bósnia está detida desde junho de 2003 na penitenciária feminina de Hinseberg, 100 quilômetros ao oeste de Estocolmo.
Biljana Plavsic,de 79 anos, admitiu sua responsabilidade, como vice-presidente da entidade sérvia da Bósnia proclamada unilateralmente, na campanha de perseguição das forças sérvias das Bósnia contra os muçulmanos e os croatas da Bósnia durante a guerra que deixou 100 mil mortos de 1992 a 1995.
Plavsic se tornou presidente da 'Replika Srpska' em 1996, após o fim da guerra e a retirada de Radovan Karadzic, também detido pelo TPI.
* Postado por Lucas Cardozo e Irla Nunes
Apesar de 'boicote', tribunal confirma início do julgamento de Karadzic
Karadzic, que argumentou não estar recebendo um julgamento justo por não ter tido tempo suficiente para uma boa preparação, afirmou na quarta-feira que não tem intenção de comparecer ao início do julgamento na segunda-feira, dia 26 de outubro.
"No momento não há indicação de que o procedimento não irá seguir conforme o agendado. O controle dos procedimentos do tribunal está nas mãos dos juízes do tribunal", afirmou a representante do tribunal Nerma Jalacic em comunicado.
* Postado por Lucas Cardozo e Irla Nunes
Museu de cera se desculpa por outdoor com Hitler na Tailândia
18 de outubro de 2009
Diplomatas criticam outdoor com Hitler na Tailândia
Grandes economias discutem em Londres formas de conter o aquecimento global
"Este dia é o começo do fim da partida, pois a apenas 50 dias das negociações finais de Copenhague temos que imprimir mais força ao jogo", declarou Ed Miliband em um comunicado.
"O Reino Unido está pressionando para que o Fórum das principais economias sobre energia e clima (MEF) obtenha um acordo ambicioso", acrescentou.
O Fórum foi lançado pelo presidente norte-americano Barack Obama em março. É destinado a facilitar a busca por uma posição comum entre as economias mais poluidoras.
É a quinta vez que seus membros --entre eles Brasil, Reino Unido, França, Itália, Índia, Alemanha, Japão, Estados Unidos, Rússia-- se reúnem desde sua criação.
Vários países foram convidados, como Lesoto, Maldivas, Bangladesh, Costa Rica, Etiópia e Argélia, segundo um porta-voz do DECC.
As discussões serão realizadas de domingo a segunda-feira e os principais temas abordados serão o financiamento do combate ao aquecimento global, a gestão florestal e a maneira de reduzir as emissões de CO2, gás causador do efeito estufa considerado o principal responsável pelo aquecimento global.
"Representamos 90% das emissões mundiais (de CO2), então se conseguirmos avançar e reduzir as divergências entre os (17) países mais envolvidos no problema, isso facilitará as discussões nas Nações Unidas", explicou Ed Miliband à rede de televisão BBC
Feira do Livro de Frankfurt torna-se cada vez mais uma feira de mídias
A 61ª edição da Feira do Livro de Frankfurt, maior feira mundial do mercado livreiro, abriu suas portas nesta terça-feira (13/10). Até 18 de outubro, editores, livreiros, autores e leitores poderão apresentar e discutir novos desenvolvimentos e tendências do mercado livreiro internacional.
Segundo Gottfried Honnefelder, presidente da Associação do Comércio Livreiro Alemão, apesar da crise econômica o mercado editorial do país registrou um acréscimo de receita de 2,8% nos primeiros nove meses de 2009, em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Entretanto, a Feira do Livro de Frankfurt está menor do que em 2008. No total, a área alugada de exposições encolheu 2%. Principalmente editoras de língua inglesa e do Leste Europeu desistiram de comparecer ou reduziram o tamanho de seus estandes.
A escolha da China como país de destaque desta edição da feira, que contou com a presença da chefe de governo alemã, Angela Merkel, em sua abertura, foi motivo de forte controvérsia.
Grande desafio
Neste ano, 7.314 expositores de 100 países oferecem mais de 400 mil títulos, dos quais 124 mil são lançamentos. Para os editores e livreiros presentes, a questão central é o tema das novas mídias. A digitalização é um das grandes tendências verificadas no setor em todo o mundo e encontrar maneiras de lucrar também através de conteúdos digitais tornou-se um desafio central do mercado livreiro.
Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Digitalização traz grandes mudançasO que antes era tido como visão para o futuro se torna cada vez mais realidade: romances para celular, guias de viagem para leitores digitais ou adaptações de obras literárias para smartphones. A oferta de livros eletrônicos cresce a passos rápidos.
Somente na China, há 400 mil livros eletrônicos lançados, sendo que a oferta aumenta diariamente em 8 mil e-books, segundo os organizadores da feira. E tais conteúdos e leitores digitais alteram não somente o comportamento de leitura, mas também a imagem da feira.
Cada vez mais espaços são reservados para produtos eletrônicos. Nesse sentido, a Feira de Frankfurt pretende ser pioneira, tornando-se o lugar onde novas ideias e modelos de negócios são apresentados. Com isso, a "feira do livro" tornou-se uma feira de mídias, onde se apresentam outros segmentos da "indústria criativa", como os de imagens, jogos e design.
Convidado difícil
Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Estande da China em FrankfurtMais do que nunca, o país convidado de 2009 estará no centro das atenções. Mas isso não se deve somente ao fato de a China constituir um dos maiores mercados editoriais do mundo e, como nova superpotência econômica, estar se apresentando pela primeira vez em tais dimensões na feira.
Estão planejados cerca de 450 eventos e somente a delegação oficial já é composta por mais de 800 pessoas, entre as quais estão representantes do mercado editorial, artistas, arquitetos, músicos e naturalmente escritores.
Fazendo frente aos 40 autores oficialmente convidados, presume-se que haverá um número muito maior de exilados, dissidentes e outros autores convidados por editoras alemãs.
Isso acarreta um potencial de conflito na feira, que sempre se viu como um fórum de discussão. Um primeiro escândalo já aconteceu antes mesmo do início da feira, durante uma conferência em Frankfurt da qual participaram autores chineses críticos ao regime, contra a vontade da delegação oficial chinesa.
Livros e prazer
Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: O velho e bom livro não vai faltar, apesar das novidades digitaisMas, apesar das novidades representadas pelas novas mídias, o bom e velho livro não vai faltar. Principalmente autores mais conhecidos atraem a atenção do público: Günter Grass, por exemplo, recitará trechos do clássico O Tambor, apresentado pela primeira vez há exatos 50 anos na feira.
O autor de best-sellers Frank Schätzing se aventurou pelo futuro em seu novo romance Limit, que ele apresentará em Frankfurt. Com 320 mil exemplares pré-encomendados, o livro já é um dos maiores sucessos do mercado editorial alemão deste ano. Entre as estrelas internacionais, estão sendo esperados Margaret Atwood, Tim Parks e Leon de Winter.
Quem ainda tiver apetite para digerir algo comestível após tantos alimentos para o espírito será muito bem atendido na nova Gourmet Gallery. Em uma cozinha construída entre os 40 expositores de livros de culinária, renomados chefs internacionais apresentarão suas especialidades.
Autora: Gabriela Schaaf / Carlos Albuquerque
Revisão: Rodrigo Rimon
Sarkozy descarta envio de mais tropas ao Afeganistão
15 de outubro de 2009
"Se formos embora, será o Paquistão, uma potência nuclear, que ficará ameaçado", declarou Sarkozy à edição de amanhã ao jornal "Le Figaro", que hoje publicou um trecho da entrevista em seu site.
"Minha convicção é que faltam soldados afegãos. Eles serão os mais eficazes para ganhar esta guerra, porque é o país deles", acrescentou o presidente francês.
"É preciso ficar no Afeganistão? Respondo que sim. E ficar para ganhar", afirmou Sarkozy, segundo quem o soldo dos soldados afegãos precisa melhorar para evitar "deserções em benefício dos talibãs".
Sobre o programa nuclear iraniano, o chefe de Estado disse que "é preciso esperar as vistorias da AIEA" (Agência Internacional de Energia Atômica).
"Seria uma boa notícia se (as autoridades iranianas) deixassem que as visitas fossem até o fim. Se não, terão que assumir todas as consequências", concluiu o presidente francês. EFE
*Postado por Lucas Cardozo e Irla Nunes
Espanha estuda quantos prisioneiros de Guantánamo vai receber, diz Zapatero
13 de outubro de 2009
Depois de seis anos sem ter sido recebido individualmente por George W. Bush, para Zapatero a reunião, em Washington, representa vitória pessoal, num momento difícil de sua presidência por causa da crise econômica.
"Este é o primeiro dia de um trabalho conjunto", resumiu Obama à imprensa, depois de um almoço de trabalho e uma reunião de 40 minutos no Salão Oval.
"O presidente Obama me agradeceu a posição da Espanha de acolher presos de Guantánamo, estamos estudando quantas pessoas poderemos receber", declarou Zapatero.
Esses prisioneiros seriam três no máximo, haviam afirmado fontes espanholas em Madri semana passada.
Para Obama, a acolhida de prisioneiros de Guantánamo em território europeu, que está sendo laboriosamente negociada, viria como um alívio, depois da promessa de que fecharia em janeiro próximo esse polêmico campo de presumíveis terroristas detidos.
O presidente americano, com afinidades políticas evidentes com Zapatero, elogiou de forma vaga os esforços espanhóis no Afeganistão, na luta contra o desemprego e no setor de energias renováveis.
"Ambos trabalhamos diligentemente para que as pessoas voltem a encontrar trabalho e para se recuperarem da pior recessão em décadas", disse Obama.
Zapatero, acompanhado de seu chanceler Miguel Angel Moratinos, viaja em seguida à Síria, depois de deixar Washington, para participar de esforços diplomáticos na região.
A Espanha assume no primeiro semestre de 2010 a presidência de turno da União Europeia.
Físico francês é acusado por supostos vínculos com Al-Qaeda
12 de outubro de 2009
Pelas leis francesas, as acusações preliminares dão ao investigador algum tempo para realizar seu inquérito, a fim de então decidir se envia o suspeito para julgamento ou arquiva o caso.
Porsche vai reinvestigar emprego de trabalho forçado durante o nazismo
A Porsche vai investigar novas acusações sobre trabalho forçado em suas unidades durante o regime nazista. Ainda neste ano, especialistas externos irão avaliar indícios do emprego de centenas de trabalhadores forçados, anunciou o diretor do arquivo da montadora, Dieter Landenberger, ao jornal israelense Haaretz (versão dominical online).
Um porta-voz da Porsche disse que inicialmente acreditava-se ter sido "pequeno" o grupo de trabalhadores forçados empregados, mas que agora foi verificado tratar-se de um número maior.
"Temos de reavaliar este tema. Primeiramente, peritos irão separar os arquivos em questão. Depois, serão consultados especialistas externos. Ainda estamos no início do processo," explicou.
Revelações publicadas em livro
A questão dos trabalhadores forçados voltou à tona após a publicação de um livro sobre criminosos nazistas de Stuttgart, no qual o jornalista Ulrich Viehöfer analisa a fundo o comportamento, entre outros, de Ferdinand Porsche, patriarca da família Porsche.
Segundo o livro, a empresa manteve 300 trabalhadores forçados durante o nazismo. Até agora, a Porsche havia reconhecido apenas 50 casos, entre poloneses, russos, holandeses, flamengos, belgas, tchecos e italianos.
Onze ex-trabalhadores forçados haviam reagido a uma oferta anterior da montadora alemã de carros esportivos, dos quais oito foram indenizados. Segundo ela própria, a Porsche transferiu cerca de 2,5 milhões de euros ao fundo criado por empresas alemãs para indenizar trabalhadores forçados.
RW/dpa/ddp
Revisão: Rodrigo Rimon
Brasileira é assassinada a tiros em Portugal.
10 de outubro de 2009
Uma brasileira foi assassinada na sexta-feira na cidade portuguesa de Belas, a 16 quilômetros de Lisboa. Sandra Ruela, de 39 anos, morreu em consequência de dois tiros disparados durante a noite.
Segundo fontes ouvida pelo jornal português Diário de Notícias, há indícios de que o responsável seria o seu namorado, o agente da polícia Vítor Manuel Contente, de 42 anos, que teria cometido o crime durante uma cena de ciúmes. A arma do crime teria sido a pistola de serviço de Vítor. A fonte do jornal diz que Vítor entregou-se à polícia, mas não houve confirmação oficial.O casal vivia há cerca de um ano e meio em um apartamento de subúrbio, em Belas. Trata-se da última linha de prédios de um bairro recente, com cerca de 13 anos.
A vizinha da porta ao lado, que não quis revelar seu nome, disse à BBC Brasil: "O Vítor ultimamente estava mais estranho, até deixou de pagar o condomínio. Quando bebia, alterava o seu comportamento, havia grandes brigas". Segundo a vizinha, era comum o policial beber, mas "fora das horas de serviço".Sandra foi a quarta namorada com quem Vítor morou no local. "Ele vivia aqui no prédio há 12 anos. Antes teve uma portuguesa, que não aguentou as brigas e voltou para a casa dos pais. Depois uma ucraniana e depois mais uma brasileira", lembra a vizinha.
As relações de Sandra com a vizinha não eram muito boas. "Só falei com ela uma vez. Ela estava ouvindo música muito alto e eu fui pedir para baixar o volume, porque tinha meus netos dormindo em casa. Ela disse que tinha visitas e que as visitas queriam ouvir música, por isso não ia fazer nada".Segundo o "Diário de Notícias", foi o próprio Vítor que chamou a polícia e uma ambulância. Ele teria ligado para um colega depois de dar os tiros. Na delegacia mais próxima, a 800 metros da casa de Vítor, os policiais disseram ter recebido orientação para não dar nenhuma informação.
Na manhã deste sábado, ainda havia uma mancha de sangue que teria escorrido por baixo da porta do apartamento onde os dois moravam.Postado por: Henrique Alves e Maicon Santos
Berlusconi ataca após ter imunidade retirada pela Justiça na Itália
8 de outubro de 2009
Após um dos dias mais difíceis de sua carreira política, Berlusconi atacou com veemência o presidente da República italiana, Giorgio Napolitano, a figura mais representativa da democracia parlamentar italiana.
Agredir o presidente, eleito pelo parlamento como uma personalidade acima de qualquer partido, é um fato pouco comum na vida política italiana.
"O presidente foi eleito por uma maioria de esquerda. Suas raízes políticas são totalmente de esquerda e foi a pessoa que designou os juízes da Corte Constitucional, o que demonstra de que lado está", disparou Berlusconi falando a uma emissora pública.
"Vou mostrar aos italianos de que material sou feito", afirmou ainda na mesma entrevista, durante a qual atacou os juízes por terem "montado julgamentos farsecos, risíveis, absurdos", além de ter ameaçado "ridicularizá-los" diante do país e nas aulas jurídicas.
Ante a perspectiva de voltar ao banco dos réus por acusações de corrupção e falsos balanços, Berlusconi não apenas atacou a maior instituição do país, como também tenta desacreditar seu sistema político.
"Não se trata de um gesto improvisado. Ele decidiu opor a própria legitimidade eleitoral à das instituições, que considerada ilegítimas por não terem sido eleitas através do voto direto", afirma um editorial do "Corriere della Sera".
II Cavaliere, como é chamado, se considera o "único representante legítimo dos italianos" graças ao apoio das urnas e das pesquisas, que concedem a ele, segundo suas próprias enquetes, 70% de popularidade, afirma ainda o jornal.
Uma popularidade que, segundo as pesquisas da imprensa de oposição, diminuiu nos últimos meses por escândalos sexuais até cair a 47% em setembro passado.
"Ele despreza as instituições e o parlamento e só mantém diálogo com os italianos através de seus próprios canais de televisão", comentou o deputado de essquerda Luciano Violante.
"A violência dos ataques lançados por Berlusconi são um sinal de fragilidade", explicou Giacomo Marramao, professor de filosofia política.
"É como se dissesse: o Estado sou eu e mais ninguém", comentou ainda.
O especialista descarta, no entanto, uma mobilização em massa a favor do milionário política em um momento tão delicado, marcado também pelos recentes escândalos protagonizados por suas festas com prostitutas de luxo e menores de idade.
Berlusconi corre o grande perigo de perder o poder se a justiça italiana o condenar pelo suborno do advogado inglês David Mills quando for retomado o julgamento pendente.
Na véspera, a Corte Constitucional da Itália invalidou a lei que garantia a imunidade penal do chefe de Governo em virtude de uma medida adotada em 2008 após assumir pela terceira vez o poder.
A sentença gerou uma dura reação de Berlusconi, que qualificou de ilegítimo o trabalho da Corte Constitucional e acusou seus juízes de serem "de esquerda".
Os 15 juízes da Corte Constitucional concluíram que a imunidade deve ser determinada por lei constitucional e não por lei ordinária, como a aprovada ano passado.
A Lei Alfano de 2008 congelava todos os julgamentos em curso contra os quatro mais altos dirigentes de Estado durante o lapso de tempo que durasse seu mandato.
* Postado por Lucas Cardozo e Irla Nunes
Irlanda aprovou Tratado de Lisboa, anuncia premiê
5 de outubro de 2009
A União Europeia qualificou a aprovação irlandesa como "um amplo" voto de confiança na integração europeia. "Minha mensagem hoje é muito simples: obrigado Irlanda!", disse o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durao Barroso.
Em Estocolmo, o primeiro-ministro da Suécia, Fredrik Reinfeldt, cujo país controla atualmente a presidência rotativa da UE, disse que era um "ótimo dia para a Europa". O presidente do Parlamento Europeu, Jersy Buzek declarou que o "sim" irlandês ao Tratado de Lisboa mostra o "verdadeiro compromisso" do país com a UE. Mas, segundo Buzek, o bloco ainda enfrenta grandes desafios, entre eles desemprego, imigração ilegal.
Uma nova rejeição do acordo pelos irlandeses atrasaria a integração da UE e sua expansão adicional, além de debilitar o euro. Dublin aceitou convocar nova consulta depois de receber garantias da UE a respeito de sua neutralidade militar, sistema de impostos e proibição do aborto.
Criado para substituir a Constituição Europeia - rejeitada pelos eleitores da França e da Holanda em 2005 -, o objetivo do Tratado de Lisboa é instituir novos mecanismos de defesa e relações exteriores, além de criar um mandato de longo prazo para um presidente do Conselho Europeu. Mas, antes de ser adotado, o tratado tem de ser aprovado por todos os 27 países que integram o bloco. Até o momento, 24 membros já ratificaram o texto.
Postado por: Michel Bomfim de Souza e Rafaela Lima Hughes
Na Bélgica, Lula defende ‘reforma profunda’ na ONU
Conto com o empenho da Bélgica para que a União Européia faça sua parte para honrar as decisões de Pittsburgh. Em particular, a rápida conclusão da Rodada de Doha, fundamental para a recuperação da economia mundial”, acrescentou.
No discurso, Lula destacou a “antiga relação de amizade e colaboração” entre Belgica e Brasil. “Investimentos belgas na siderurgia e em infraestrutura - assim como muitos belgas empreendedores - vêm contribuindo para construir o país que hoje somos”, disse.
Lula citou estimativas de aumento de 5% no PIB disse que “os homens de negócio belgas terão oportunidade de conhecer o vasto leque de projetos de investimentos de médio e longo prazos que planejamos”, como os preparativos para a Copa do Mundo de 2014, as obras do PAC, a exploração do petróleo no pré-sal e as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro, em reunião a ser realizada na segunda-feira (5).
“Poderemos ampliar os já expressivos investimentos recíprocos, assim como nosso comércio bilateral.”
Postado por: Henrique Alves e Maicon SantosEspanha pode indiciar piratas somalis presos
Garzón deve determinar se os dois piratas serão indiciados por tomada de reféns e terrorismo.
O navio pesqueiro "Alakrana" foi capturado na sexta-feira no Oceano Índico, entre a Somália e a Ilhas Seychelles.
A prisão aconteceu neste domingo, um pouco depois que os dois piratas abandonaram o pesqueiro. A fragata espanhola "Canarias" os seguiu e os deteve.
O navio continua ancorado no litoral somali sob vigilância de duas fragatas e a tripulação de 36 homens, segundo a marinha espanhola, está bem.
*Postado por Maicon Santos e Henrique Alves
Irlanda faz plebiscito decisivo para Constituição do bloco
4 de outubro de 2009
Bruxelas depende da Irlanda para ratificar o Tratado desde que o país, que representa menos de 1% dos quase 1 milhão de habitantes do bloco, rechaçou a proposta, provocando um caos político na UE. Desta vez, a UE prometeu à Irlanda que a aprovação do documento não terá impacto em questões como a neutralidade da ilha, seu vantajoso regime fiscal, a proibição do aborto ou a proteção dos direitos trabalhistas.
Para entrar em vigor, o Tratado de Lisboa, um complicado documento que estabelece os termos de uma reforma nas instituições europeias, precisa ser aprovado pelos 27 países da UE. Todas as nações, com a exceção da Irlanda, levaram o documento à apreciação de seus parlamentos. A Irlanda foi a única a submeter o tratado a aprovação popular - e também a única a rejeitá-lo.
Criado para substituir a Constituição Europeia - rejeitada pelos eleitores da França e da Holanda em 2005 -, o objetivo do Tratado de Lisboa é instituir novos mecanismos de defesa e relações exteriores, além de criar um mandato de longo prazo para um presidente do Conselho Europeu. Um segundo rechaço atrasaria fortemente a integração da UE e sua expansão, uma vez que debilitaria o euro e abriria a possibilidade de uma Europa de dois níveis.
As mais recentes pesquisas preveem agora uma vitória do governo e dos partidários do Tratado. O principal empecilho para a aprovação foi eliminado por Bruxelas quando, em junho, ofereceu uma série de garantias legais que salvaguardam os interesses da Irlanda e eliminam, a princípio, as preocupações que levaram o eleitorado do país a rejeitar o texto em 2008. Estas garantias têm a forma de um "protocolo", com a mesma força jurídica do documento que se pretende ratificar, com o qual este país mantém seu comissário europeu e reforça sua posição a respeito da neutralidade, seu vantajoso regime fiscal, a proibição do aborto e a proteção dos direitos trabalhistas.
O governo, no entanto, deparou-se nos últimos meses com um inesperado fator que, bem manipulado, afastou o fantasma de uma nova rejeição: a crise econômica. Se na anterior campanha o Executivo não soube ou não conseguiu "vender" as virtudes do Tratado a seu eleitorado, desta vez a mensagem mais clara e o que teve mais impacto é que a Irlanda só poderá sair da profunda crise permanecendo no coração da Europa
Um "sim" irlandês deixaria sem álibi o cético presidente tcheco, Václav Klaus, e o presidente polonês, Lech Kaczynski, que se negaram até agora a assinar as ratificações em seus respectivos países com o argumento de que o novo tratado morreu na Irlanda há um ano. Em Bruxelas não se descarta, no entanto, que mesmo após um "sim" irlandês possa jogar uma última carta contra o Tratado de Lisboa adiando sua ratificação para depois das eleições no Reino Unido (2010), com a esperança de que os conservadores vençam e cumpram a promessa de um plebiscito.
Desde o colapso do projeto de uma Constituição europeia, nos referendos francês e holandês de 2005, a UE vive a incerteza com relação ao Tratado, sem se atrever a dar novos passos no processo de integração pela incerteza em torno do futuro de suas instituições e suas normas de funcionamento.
Com o novo tratado, a UE disporia de um presidente estável, aumentaria a coerência e eficácia de sua política externa - fundindo em uma única figura, a do alto representante, as dimensões orçamentária, política e diplomática de sua ação internacional - e agilizaria a tomada de decisões.
Leste e Oeste da Alemanha: reunidos, mas não unificados
2 de outubro de 2009
Leste e Oeste da Alemanha: reunidos, mas não unificados
Numa enquete realizada em junho de 2008, perguntou-se aos alemães-orientais o que esperavam da chanceler federal Angela Merkel. Sobretudo três coisas, foi a resposta: mais postos de trabalho, assim como salários e aposentadorias iguais aos do Oeste.
Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: TiefenseeO Muro de Berlim, que separava a República Federal da Alemanha da República Democrática Alemã, caiu em 1989, e no dia 3 de outubro do ano seguinte foi declarada a reunificação do país. Quase duas décadas mais tarde, contudo, ele continua cortado por um fosso econômico. Devido ao fato de o rendimento econômico per capita no Leste perfazer apenas 70% do nível ocidental, a cada ano o Estado ainda transfere cerca de 30 bilhões de euros do Oeste para o Leste.
O ministro da Construção e do Desenvolvimento Urbano para o Leste alemão, Wolfgang Tiefensee, apresentou nesta quarta-feira (01/10) o relatório anual sobre a reunificação. Sua mensagem não foi exatamente surpreendente: "Muito se alcançou – há muito a fazer". Ele calcula ainda serem necessários, no mínimo, mais dez anos até a região poder se manter sem as injeções financeiras estatais.
Otimismo justificado?
O economista Hartwig Blum considera realista o prognóstico de Tiefensee. "Existe uma boa chance de que [o processo de equiparação] esteja encerrado em dez anos. Nos últimos anos, pôde-se observar uma interessante reindustrialização no Leste." O Instituto de Pesquisa Econômica de Halle, que Blum dirige, se ocupa em especial do desenvolvimento no leste alemão.
O professor está otimista em relação ao futuro da região, pois lá o crescimento industrial é mais rápido do que na outra metade do país. Há empresas de êxito internacional em setores promissores, como energia ou tecnologia ambiental, e certas regiões da antiga Alemanha Oriental já alcançaram os níveis ocidentais.
"É preciso também registrar os incríveis efeitos de crescimento que já se delineiam hoje, se olhamos para Dresden, Jena ou Chemnitz. Lá, na realidade, a maioria dos problemas já está resolvida", comenta Blum.
O fantasma do desemprego
Entretanto, para além de uns poucos centros de crescimento, continua o êxodo da população jovem. Regiões inteiras se esvaziam, a infra-estrutura tem que ser adaptada: demolição de casas desabitadas, fechamento de escolas, construção de lares para idosos. Devido à carência de médicos, enfermeiras assumem as consultas domiciliares.
Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Festa da reunificação no Portão de Brandemburgo, em Berlim, em 3 de outubro de 1990Neste aspecto, o Leste é pioneiro das tendências demográficas comuns a toda a Alemanha. Mas a região também permanece detentora do recorde negativo no desemprego, lamenta o social-democrata Tiefensee. "O flagelo da ociosidade – sobretudo a longo prazo, afetando profissionais altamente qualificados e agora excluídos – afeta o moral de modo negativo."
Apesar de terem diminuído nos últimos tempos, os níveis de desocupação no leste ainda permanecem em 12,7% – mais do que o dobro nos demais estados. São fatos que não se pode compensar dizendo: "Afinal de contas, vocês ganharam uma melhor infra-estrutura, agora renovamos as cidades e vocês podem viajar para onde querem", admite o ministro.
Crise demográfica
Alguns empregos são tão mal pagos que os assalariados dependem de adicionais do governo. O partido A Esquerda acusa: a ex-Alemanha Oriental se transforma numa enorme zona de dumping salarial. No Dia da Unificação, a deputada Gesine Lötzsch apresentará um estudo intitulado "A vida nos novos estados federados".
"Quase 20 anos após a abertura do Muro, Leste e Oeste continuam longe de estar unificados. Temos gigantescas diferenças sociais. No Leste as mulheres são especialmente afetadas por condições de trabalho precárias, que não lhes permitem financiar a própria subsistência. E isto também acarreta, claro, uma piora contínua da estrutura social no Leste alemão. E as mulheres aptas, ativas, abandonam a região."
Em conseqüência dos problemas apontados por Lötzsch, o Leste da Alemanha é considerado região de crise demográfica da Europa. Em nenhum outro lugar do continente nascem tão poucas crianças.
DW (bg/av)