Espanha estuda quantos prisioneiros de Guantánamo vai receber, diz Zapatero

13 de outubro de 2009


O presidente Barack Obama e o chefe de governo espanhol, José Luís Rodríguez Zapatero, abriram nesta terça-feira (13) um novo capítulo nas relações entre ambos os países, com um encontro na Casa Branca.
Depois de seis anos sem ter sido recebido individualmente por George W. Bush, para Zapatero a reunião, em Washington, representa vitória pessoal, num momento difícil de sua presidência por causa da crise econômica.
"Este é o primeiro dia de um trabalho conjunto", resumiu Obama à imprensa, depois de um almoço de trabalho e uma reunião de 40 minutos no Salão Oval.

Zapatero, no entanto, não confirmou aos repórteres o número de prisioneiros do campo de Guantánamo que seu país está disposto a aceitar.
"O presidente Obama me agradeceu a posição da Espanha de acolher presos de Guantánamo, estamos estudando quantas pessoas poderemos receber", declarou Zapatero.
Esses prisioneiros seriam três no máximo, haviam afirmado fontes espanholas em Madri semana passada.
Para Obama, a acolhida de prisioneiros de Guantánamo em território europeu, que está sendo laboriosamente negociada, viria como um alívio, depois da promessa de que fecharia em janeiro próximo esse polêmico campo de presumíveis terroristas detidos.
O presidente americano, com afinidades políticas evidentes com Zapatero, elogiou de forma vaga os esforços espanhóis no Afeganistão, na luta contra o desemprego e no setor de energias renováveis.
"Ambos trabalhamos diligentemente para que as pessoas voltem a encontrar trabalho e para se recuperarem da pior recessão em décadas", disse Obama.
Zapatero, acompanhado de seu chanceler Miguel Angel Moratinos, viaja em seguida à Síria, depois de deixar Washington, para participar de esforços diplomáticos na região.
A Espanha assume no primeiro semestre de 2010 a presidência de turno da União Europeia.
* Postado por Ananda Silva e Michelle Silveira

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